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Terno de Moçambique do Capitão Júlio Antônio chega ao XXII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros

Por Narelly Batista | Foto: Daniela Nunnes , em 30/07/22

Seu Júlio, representante da terceira geração do Terno de Moçambique, capitão-mor do Reinado de Nossa Senhora do Rosário de Perdões, em Minas Gerais, embaixador de folia de reis, guia espiritual e mestre da cultura popular, Júlio Antônio Filho é um dos poucos mantenedores vivos da língua da Costa Africana, que mistura português e banto, antigo idioma das senzalas e que hoje está restrito a poucos falantes, em sua maioria idosos.

Chegou à Vila de São Jorge com seu grupo em festa. Depois de dois anos, o reencontro no compromisso de todos os anos. O XXII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros está vivo e mais uma vez em presença. O Terno de Moçambique de Perdões já consolidou no calendário anual o Encontro com os amigos e antigos conhecidos da vila. 

Participam desde as primeiras edições, emocionando quem recebe a bandeira de Nossa Senhora do Rosário em sua casa. Começam o cortejo assim que chegam. A primeira parada é na igreja de São Jorge. Agradecem  a chegada e seguem para a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge. Antes passam no local onde terão o pouso e seguem em cortejo para as refeições.

Este ano a primeira refeição foi em Dona Isavel, nativa de São Jorge e quem adora acompanhar as festas, receber a fé e o canto de Seu Júlio. Vão sempre acompanhados de um produtor que chega primeiro perguntando se desejam a parada. Ao aceitar, param, dançam, tomam uma água ou suco e seguem. 

Dividir o pouco com entusiamos e alegria é algo que acontece muito durante os congos. Seu Júlio e o seu terno ficam na Vila de São Jorge até a tarde deste sábado (30).