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Oficina Mandala Brincante: A arte enquanto ferramenta educacional

Por Paulo Eduardo Castro | Foto: Michelly Matos, em 18/09/25

Na segunda-feira, dia 15/09, aconteceu a oficina Mandala Brincante, na Associação Comunitária da Vila São Jorge (ASJOR), como uma das apresentações que compõem as atividades do Território do Brincar, do XXV Encontro de Culturas na Chapada dos Veadeiros.

A Mandala é uma banda de pife que se caracteriza pelo uso de instrumentos de percussão e principalmente de sopro, como a flauta, em espetáculos. O pife é um tipo de manifestação popular importante para a música folclórica nacional e nordestina, já que retoma diversos ritmos brasileiros, permitindo que essas raízes sejam valorizadas, reconhecidas e perpetuadas ao longo do tempo.

A banda traz o legado do pife unindo a linguagens diversas como a arte circense, máscaras, adereços e fantoches. A oficina foi composta pela intérprete Dani Neri, pelo violinista Bruno Berê e o batuqueiro Pedro Tupã. A atividade com as crianças aconteceu através de diversas cantigas, com forte influência de manifestações como o Maracatu, uma manifestação completa que integra a dança e a música com fortes raízes indígenas, africanas e portuguesas. Bebendo dessa fonte, a oficina utilizou tambores, figurinos coloridos, chocalhos e também as flautas de pife e artigos cenográficos para a mágica acontecer.

 

Entre gargalhadas, muita alegria e saias que pareciam o mar, “[..] a educação se reinventa, o processo educacional deixa de ser individual e se torna algo coletivo”, diz Dani, sobre a sua visão de como a arte contribui para o desenvolvimento infantil, desconstruindo a visão limitada de ser usada apenas como lazer e passatempo, para uma força motriz do currículo escolar que abraça a diversidade e os saberes populares.

Portanto, a arte-educação se torna um convite a um processo de aprendizado que se importa não apenas com o cognitivo, mas com a expressão, com a cultura e com a sensibilidade.


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