Notícias

Caçada da Rainha de Colinas do Sul marca presença no palco do XXV Encontro de Culturas

Por Letícia Romani | Foto: Michelly Matos , em 17/09/25

A Caçada da Rainha de Colinas do Sul é uma encenação que acontece há 73 anos, apresentada de diferentes formas a depender do município e dos seus santos. Por isso, as bandeiras do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora do Rosário estão sempre presentes nos festejos, elementos que são produzidos à mão por pessoas da comunidade. Junto à uma cruz e um arco, que representa a conexão entre Deus e os homens.

Os mais antigos contam que a festa celebra o fim da escravidão e representa  a celebração feita por escravizados para agradecer a Princesa Isabel. O que se conhece das origens da Caçada da Rainha é graças às tradições de narrativas orais, em que se conclui que quando Isabel assinou a Lei Áurea, seu pai, o Rei Pedro II, teve um descontrole que fez com que a princesa fugisse de medo. Os escravizados que protegiam a princesa eram conhecidos como os “caveiras”, que defendiam ela de seu pai. Na celebração, aqueles que representam as caveiras, seguranças de Isabel, usam uma máscara e rondam as mulheres que dançam.

A tradição está presente desde o primeiro Encontro, há 25 anos atrás. A celebração teve início com um violeiro que aos poucos aumentou seu ritmo e envolveu a plateia em uma dança animada. Enquanto isso, mulheres de todas as idades, vestidas com saias vermelhas giravam em sintonia umas com as outras, algumas, enquanto dançam, equilibram garrafas em suas cabeças, outras usam a máscara da caveira. Em sincronia com a viola e a onça - um instrumento tradicional e que concede uma sonoridade única ao batuque, honram suas divindades e celebram a liberdade.


· · · · ·

2025 Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge.